quarta-feira, 15 de abril de 2009

Retratos e canções

Quando ouço uma música, especialmente se for um flashback, comento com o amigo mais próximo: "Essa música é da novela x". A Sabrina sempre fala que eu chuto ou então que eu falo que é da Água Viva, pois aí ela não pode contestar se eu tô falando a verdade ou não. O fato é que como sou noveleiro desde pequeno, marco períodos da minha vida de acordo com as tramas que estavam no ar. I'm So Glad That I'm a Woman do grupo Love Unlimited é umas dessas canções que me fazem recordar de uma época. Era da trilha sonora internacional de Coração Alado, folhetim de Janete Clair que foi ao ar entre 11 de agosto de 1980 e 14 de março de 1981. O disco tinha ainda outras músicas que eu adoro como o hit The Winner Takes It All, do Abba e Sailing, do Christopher Cross. Coração Alado foi bem ousada para a época, pois teve uma cena de violência sexual protagonizada por Ney Latorraca e Vera Fischer e ainda uma ousada insinuação de masturbação com Débora Duarte. Um escândalo...

Mas essa música me lembra muito as Lojas Americanas que, durante minha infância em Bauru, era tipo a "Grande Mãe", minha principal fonte de lazer longe dos arredores da minha casa, onde eu ia admirar os brinquedos e comer cachorro quente com refresco de caju. Se eu fechar os olhos posso sentir o sabor do molho de tomate quentinho com pimentão, o pãozinho de leite macio e o refresco no copo de papel encerado no final. Me vem também a imagem da saída do ar condicionado no teto com aquelas fitinhas balançando e I'm So Glad tocando no sistema de som. Para quem cresceu em grandes cidades, isso pode parecer uma bobagem, mas quem foi criado no interior como eu vai me entender...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Vídeo Show ao vivo

Vídeo Show estreou hoje sua nova fase, ao vivo e com novos apresentadores: Fiorella Mattheis, Luigi Baricelli, Ana Furtado (que não apareceu porque estava gravando Caminho das Índias) e André Marques, que apesar dos boatos sobre sua saída, continua lá, firme e forte. Ainda bem, pois ele garantiu a espontaneidade e a dose de improviso necessários ao vespertino. A dupla de novatos não foi muito bem. Fiorella é deslumbrante e fica sempre bem no vídeo, até quando faz careta, não há como negar, mas me pareceu muito ensaiadinha. Uma coisa teatrinho da escola, sabe? E o Luigi gritou um pouco, dava a impressão que estava no Caminhão do Faustão. Mas, não quero ficar tacando pedra nos bonitinhos, acredito que com o tempo eles conseguirão ficar mais descontraídos. Ou não...

No geral achei o programa bem dinâmico e gostoso de assistir, embora as matérias não tenham trazido muitas novidades, além da nova repórter – a japinha simpática e ex-TV GlobinhoGeovanna Tominaga. Teve ainda uma entrada (também ao vivo) da Ana Maria Braga, direto de sua nova casa e um bate-papo entre André e Angélica, que explicou como será o novo Vídeo Game. Outra novidade é que no final da abertura, que tem um arranjo novo sobre a música original Don´t Stop Till You Get Enough do Michael Jackson, a tela/vídeo do logotipo é agora widescreen. Tempos modernos.

Sempre fui fã do Vídeo Show, desde os primórdios quando era apresentado aos domingos e comandado pela Tássia Camargo. Já fui até chamado de Garoto-vídeo-show por alguns amigos por sempre me lembrar de coisas antigas da tevê e das novelas. Para a estreia de hoje, dou nota 8.

domingo, 12 de abril de 2009

Santa sexta-feira, Batman!

Quando eu era criança, durante a semana santa, a Sessão da Tarde sempre apresentava filmes com temática religiosa, prática que resiste até os dias de hoje, só que naqueles tempos pré-Padre Marcelo, as produções de então volta e meia contavam a vida de Jesus ou de algum outro personagem bíblico. Me lembro de um filme que retratava as aparições de N. Sra. de Fátima, quando o terceiro segredo ainda era envolto em mistérios pela Igreja Católica e, por isso, eu tinha um pouco de medo do filme. Não me perguntem porquê. Ainda mais que “aparição” nunca foi uma palavra que me deixasse muito confortável.

Apesar disso, cresci e acabei me interessando pelo assunto. E hoje sou grande fã de programas do Discovery, National Geographic, History e afins que traçam paralelos entre ciência e arqueologia e trechos bíblicos. Esse final de semana foi um prato cheio. Assisti a vários. O mais interessante foi um que falou sobre as 10 Pragas do Egito (que minha amiga Lucília jura que foram 7) e explicou como a erupção de um vulcão na ilha de Santorini, na Grécia, desencadeou a série de eventos que culminaram com o êxodo dos israelitas para a Terra Prometida.

Para não deixar a tradição de lado ainda consegui ver uns trechos de uma versão mais recente de Os Dez Mandamentos. Produção fraquinha mas com a curiosa participação de Naveen Andrews – o Sayd de Lost – no papel de (pasmem!) um egípcio.
Confesso que enquanto estava na frente da minha tevê, não pude deixar de me sentir um pouco nostálgico e com saudade daqueles filminhos da Sessão da Tarde que via com minha mãe e meus irmãos entre canecas de leite com Nescau e bolinhos de chuva.